Rui Costa diz que governo trabalha para 'sufocar' organizações criminosas
Ele também criticou o uso de armas pela população, prometendo estimular o desarmamento
Foto: Divulgação/PT
Após a declaração polêmica dada durante entrevista na semana passada, o ministro Rui Costa disse que o governo federal estuda novas estratégias para combater as atuações das facções organizadas em todo o Brasil.
"Ainda hoje eu irei me reunir com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e com representantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para discutir sobre alguns temas voltados para a questão da segurança pública. A ideia é traçar estratégias e criar um planejamento para impedir a entrada de armamentos pesados nas fronteiras brasileiras", afirma o ministro.
Outro ponto trazido por Rui Costa durante entrevista à Rádio Sociedade da Bahia foi a importância de ações conjuntas entre forças policiais municipais, estaduais e federais, com o intuito de melhorar o monitoramento e o combate a violência. "Isso tudo precisa um esforço conjunto, uma união das forças, sejam elas estaduais, municipais também. Nesse momento, é preciso, inclusive, enxergar o papel das guardas municipais e também das forças federais, das forças armadas, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal, para que juntos possamos fazer esse esforço coletivo, e entre outras coisas, monitorar a chegada desse armamento pesado", afirmou.
Ele ainda destacou o número de mortes violentas no Brasil que, segundo pesquisas internacionais, supera até mesmo as estatísticas de países que vivem em guerra. "Nos últimos 15, 20 anos, o Brasil registra algo em torno de 50 mil mortos por ano. É uma verdadeira tragédia humana", disse ele, prometendo trabalhar em prol da diminuição dos números e enfrentamento da criminalidade.
Ainda na discussão, ele frisou a questão do uso de armas e disse que o governo trabalha para estimular o desarmamento. "O ministro Flávio Dino já publicou um decreto assinado pelo presidente Lula regulamentando os clubes de tiros, de modo que o país tenha controle desses estabelecimentos", alega o ministro, que finaliza dizendo que "armas só trazem mortes e tristeza".