Saída de ministros para disputar eleições deve provocar maior esvaziamento da Esplanada em 25 anos
No total, serão 10 ministros que deixarão os cargos no governo Bolsonaro
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A saída de ministros do governo Bolsonaro para disputar as eleições de outubro deve marcar o maior esvaziamento da Esplanada em quase 25 anos, segundo reportagem do jornal Estado de S.Paulo. Caso a troca seja confirmada, pelo menos 10 ministérios devem passar por reestruturação.
Na lista estão Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), que vai disputar o governo de São Paulo; Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), postulante ao Senado pelo Rio Grande do Norte; e Flávia Arruda (Secretaria de Governo), que também concorrerá a uma cadeira no Senado, mas pelo Distrito Federal.
De acordo com a publicação, no lugar de Tarcísio, o secretário executivo, Marcelo Sampaio, genro do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, deve ser seu sucessor.
Questionado como ficaria o novo Ministério, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que tudo está "pré-acertado". Antes, seriam 11 substituições, mas o ministro das Comunicações, Fabio Faria, afirmou que ficaria na equipe.
Substituições de governos anteriores
Com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nove ministros pediram para serem substituído em 2006, no último ano do primeiro governo. O Ministério do petista tinha 30 integrantes. Uma das trocas ocorreu nos Transportes, quando o então titular, Alfredo Nascimento (PL), saiu para concorrer ao Senado.
Após garantir assento no Congresso, Nascimento voltou para a pasta. Em 2014, a então presidente Dilma Rousseff (PT) substituiu dez auxiliares por causa do calendário eleitoral. Mas seu governo tinha muito mais ministérios – o recorde de 39 pastas.
O governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi o que menos fez trocas. Somente sete ministros deixaram os cargos em 1998. Em 2002, foram seis ministros-candidatos. No período, o governo tucano não teve mais do que 27 pastas.