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Política

Salles diz que Tarcísio não representa direita e questiona lealdade do governador a Bolsonaro

Governador de SP foi criticado pelo ex-presidente e aliados por ter declarado apoio à reforma tributária

Por Da Redação
Ás

Salles diz que Tarcísio não representa direita e questiona lealdade do governador a Bolsonaro

Foto: Marcelo Camargo e Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) atacou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) durante reunião do PL ocorrida nesta quinta-feira (6). No encontro, o chefe do Estado de São Paulo declarou apoio a proposta de reforma tributária do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi criticado pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) e aliados. 

Segundo o Estadão, que teve acesso ao vídeo da reunião, ao criticar o governador, Salles afirmou que Freitas não representa a direita brasileira. “Ser de direita não é um discurso, é uma conduta. Se tem um lugar no Brasil que não tem um governo de direita, é o governo de São Paulo”, afirmou Salles na reunião, sem a presença do governador. 

“Não vem aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Temos nossas próprias convicções, próprios princípios. Nós não queremos e não seremos representados por alguém que se diz de direita e depois, na hora de governar o Estado para o qual foi designado pelo presidente, não governa como alguém de direita. Acabou essa brincadeira”, criticou Salles, que foi aplaudido. 

O deputado também questionou a relação de Tarcísio com o ex-presidente. “Muitos de nós aqui temos ao presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira”, afirmou, em referência a pessoas que estavam no encontro.

Apoio de São Paulo 

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), se reuniu na manhã desta quarta-feira (5) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Após o encontro, ele disse concordar com 95% da reforma e garantiu que São Paulo será um “parceiro” na aprovação do texto, mas disse que faltam ajustes em "pontos fáceis".

"Eu acho que está muito fácil construir o entendimento. São Paulo vai ser um parceiro no debate, na aprovação da reforma tributária. Nós estamos aqui para isso, para gerar convencimento. A gente sabe que a reforma tributária é extremamente importante para o Brasil. Eu diria que a alavanca que está faltando agora, para a gente ter um impulso, os pontos nossos são fáceis de serem ajustados", disse.

Freitas disse que se preocupa com a governança do Conselho Federativo. Por isso, propôs a criação de uma câmara de compensação. “Se eu tenho uma governança mais frouxa, eu preciso de uma arrecadação mais na mão do estado. Se eu melhoro a governança do conselho, posso ter algo mais ‘algoritmizável’, vamos dizer assim”, comentou.

Na terça-feira (4), governadores apresentaram uma proposta de mudança no texto em tramitação no Congresso. A reforma tributária prevê a criação de um Conselho Deliberativo para fazer a repartição dos recursos recolhidos com a cobrança do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que vai unificar o ICMS (estadual) e o ISS (municipal).

A sugestão dos governadores é que o conselho seja dividido em duas instâncias: cada estado teria um voto; e as regiões também teriam influência sobre o destino dos recursos. Na prática, isso reduziria o peso de regiões como Norte e Nordeste.

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