Segurança e vigilância

Confira o nosso editorial desta quarta-feira (18)

Por Erick Tedesco
Ás

Segurança e vigilância

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O já esvaziado Congresso Nacional pode ficar, a partir de hoje, na inércia absoluta. Com a aprovação do projeto de lei que institui a discussão e votação remota de proposições, fica a dúvida – e a cobrança – se parlamentares terão mesmo o compromisso de manter o trabalho à distância, no conforto do lar ou onde mais possam se instalar. 

A intenção é prudente ao momento  – diminuir a necessidade de presença dos parlamentares no Plenário Ulysses Guimarães para as votações, a fim de evitar o contágio pelo coronavírus. Nas votações, poucas pessoas poderão estar no Plenário, como membros da Mesa, alguns servidores e líderes partidários.

Vale lembrar que esta resolução, que deve ser regulamentado até quinta-feira, tem seu custo. Dinheiro público será empregado para criar o chamado Sistema de Deliberação Remota (SDR), mecanismo pelo qual os parlamentares poderão realizar o “home office”. 

Do outro lado do balcão, o nosso da imprensa e da população, a expectativa é que eles façam valer o investimento no sistema para manter a máquina pública em funcionamento nestes dias de extremo cuidado com tudo. A dúvida é grande, afinal, mesmo antes da pandemia do coronavírus, o que de fato o Congresso fez desde que voltou do recesso legislativo?

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