Sem auxílio, Brasil pode ter mais de 20 milhões de pessoas em extrema pobreza
Patamar deve superar a do período de 2006 a 2010
Foto: Agência Brasil
O fim do pagamento do auxílio emergencial deve colocar mais de 20 milhões de brasileiros em situação de extrema pobreza, aqueles com renda familiar menor do que R$ 155 mensal. Os dados foram calculados Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
O número representa 10% a 15% da população do país, algo entre 21 milhões e 31 milhões de pessoas. Os dados também são o dobro do que o registrado em novembro de 2020, quando o valor do auxílio passou a ser pago pela metade (R$ 300) e colocou 10,7 milhões de pessoas em extrema pobreza.
O resultado é piora quando comparado aos registros de agosto de agosto de 2020, que atingiu a menor da história do país, com ao menos 2,3% da população (4,8 milhões de pessoas) na condição de extrema pobreza.
Em janeiro deste ano, o Brasil deve voltar a ter uma taxa de pobreza extrema comparável à do período de 2006 a 2010, segundo os cálculos do Ibre/FGV.