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Senado aprova financiamento para Poupança de Estudantes do Ensino Médio

Proposta segue para votação na Câmara

Por Da Redação
Ás

Senado aprova financiamento para Poupança de Estudantes do Ensino Médio

Foto: Andre Borges/Agência Brasília

O Senado aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (28), uma proposta que viabiliza o governo federal a utilizar recursos de crédito especial para financiar a criação de uma poupança destinada a estudantes do ensino médio. Com 61 votos a favor e nenhum contrário, o texto segue agora para votação na Câmara dos Deputados.

Inicialmente, a proposta previa o uso do superávit do fundo formado pelo dinheiro proveniente de royalties e bônus de assinatura do pré-sal para capitalizar o programa. No entanto, após um acordo com a oposição, os parlamentares optaram por viabilizar os recursos do fundo por meio de um crédito especial, estabelecido por um projeto de lei do Congresso Nacional (PLN).

De acordo com a proposta, as despesas relacionadas à poupança não estarão sujeitas ao teto de gastos estipulado para o Orçamento da União deste ano, possibilitando ao governo utilizar o montante sem sofrer bloqueios orçamentários.

Anunciada pelo governo nesta terça-feira (28) e estabelecida por meio de uma medida provisória, a criação da poupança visa atender estudantes do ensino médio cadastrados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

O texto determina que os valores, formas de pagamento e critérios de operacionalização e utilização da poupança serão definidos por um ato conjunto dos ministérios da Educação e da Fazenda.

A medida provisória autoriza a União a aportar até R$ 20 bilhões em um fundo para viabilizar o programa.

Em um acordo com a oposição, o governo aceitou estabelecer um limite para as despesas. Inicialmente, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) propôs um teto de R$ 4 bilhões, porém, após negociações, o limite foi aumentado para R$ 6 bilhões.

O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), manifestou preocupação com a proposta inicial e a medida provisória emitida pelo presidente, destacando que o governo poderia destinar uma quantia cinco vezes maior que a prevista inicialmente, sem clareza sobre o programa.

A liderança do governo no Senado afirma que o texto aprovado vai "viabilizar os recursos financeiros necessários à execução" da medida provisória.

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