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Política

Senado aprova MP que determina prazo para planos de saúde cobrirem novos medicamentos

Texto determina que ANS priorize pedidos de remédios orais, de uso domiciliar, para câncer

Por Da Redação
Ás

Senado aprova MP que determina prazo para planos de saúde cobrirem novos medicamentos

Foto: Tania Rego/Agencia Brasil

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (9) o texto-base da medida provisória que prevê que planos privados de saúde cubram tratamentos caso a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não decida sobre a incorporação em até 6 meses.

Na proposta, o texto determina que a agência dê prioridade a pedidos de incorporação de remédios orais para câncer de uso domiciliar. No entanto, a ANS terá o mesmo prazo de 120 dias para a avaliação, podendo ser prorrogado em até 60 dias, para decidir sobre a inclusão no rol de cobertura dos planos.

A votação aconteceu de simbólica, sem contagem de votos. Um destaque que pede a análise de um trecho do projeto em separado ainda será avaliado.

A medida provisória foi encaminhada após o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetar o projeto que tornaria a cobertura da quimioterapia oral pelos planos de saúde obrigatória com aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ontem (08), o Congresso optou por manter veto à proposta.

Limitações da MP

O Instituto Vencer o Câncer afirmou que a medida provisória traz avanços em relação à situação, mas não cobre às “reais necessidades” dos pacientes. Segundo a organização, não foi explicado como funcionará na prática a determinação de que a ANS dê prioridade à análise de pedidos de incorporação de remédios orais para câncer na lista de tratamentos cobertos por planos de saúde.

Além disso, o instituto critica também o fato de que os medicamentos seguirão o mesmo trâmite das demais tecnologias de saúde, com prazo de 120 dias prorrogáveis por mais 60 dias.

O médico Fernando Maluf, cofundador do Instituto Vencer o Câncer, defende que “não há parâmetro médico ou científico para não permitir a inclusão de um medicamento contra o câncer administrado via oral da mesma forma que é feita a inclusão de um remédio endovenoso”.

“Cada vez mais os medicamentos para combater esta doença serão orais. E criar barreiras adicionais para impedir esta inclusão representa reduzir taxas de sobrevida e cura”, explica.

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