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Senado aprova representante do Brasil na Agência Internacional de Energia Atômica

Indicação presidencial foi relatada pela senadora Professora Dorinha Seabra

Por Agências
Ás

Senado aprova representante do Brasil na Agência Internacional de Energia Atômica

Foto: Agência Senado

Com 46 votos a favor, 4 contra e 1 abstenção, o Plenário do Senado aprovou a indicação (MSF 33/2023) da diplomata Claudia Vieira Santos para a chefia da representação brasileira junto à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que fica em Viena, na Áustria.

Formada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a diplomata tem mestrado em Relações Internacionais e Comunicação pela Boston University, em Massachussetts (EUA), tendo ingressado no Instituto Rio Branco, do Itamaraty, em 1994. Serviu em Moscou, Roma, Tóquio, Paris e Nova Delhi. Entre 2013 e 2015, trabalhou no gabinete do ministro das Relações Exteriores. Claudia Vieira Santos é ministra de primeira classe desde 2022. Atualmente é diretora do Departamento de Energia do Itamaraty.

A indicação presidencial foi relatada pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO).

Durante sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE), Claudia Vieira Santos destacou o aprofundamento da percepção mundial sobre o papel que a energia nuclear poderá vir a desempenhar no futuro, tanto para a garantia da segurança energética dos países, como também no cumprimento de metas visando à descarbonização das economias. 

Claudia Vieira Santos também chamou atenção para as vantagens do Brasil em relação ao uso de energia nuclear. Além de o país dominar a tecnologia de enriquecimento de urânio e deter importantes reservas do mineral, a extensão e heterogeneidade de seu território torna a fonte nuclear alternativa estratégica para garantir a segurança energética, sobretudo em áreas remotas.

A Agência Internacional de Energia Atômica foi criada em 1957 e atualmente tem 168 estados-membros. É uma organização internacional independente, porém ligada ao sistema das Nações Unidas. A agência apresenta anualmente relatório sobre suas atividades à Assembleia Geral das Nações Unidas e, quando necessário, informa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o descumprimento, por parte de estados, de suas obrigações, e de questões relacionadas à paz e segurança internacionais.

O estatuto da agência prevê, entre os objetivos, acelerar e ampliar a contribuição da energia atômica para a paz, a saúde e a prosperidade mundiais, bem como assegurar, na medida de suas capacidades, que a assistência prestada pela agência, ou a seu pedido, supervisão e controle, não seja utilizada para promover qualquer ação com finalidade militar.

De acordo com a mensagem enviada ao Senado pelo Poder Executivo, o Brasil tem atuado para que se reforcem as atividades de cooperação técnica da AIEA, em particular com os países em desenvolvimento.

 

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