Ser "pai de pet" é um ato de coragem no Irã

Passeios com cães em locais públicos foi proibido pelo país em diversas cidades

Por Da Redação
Ás

Ser "pai de pet" é um ato de coragem no Irã

Foto: Mostafameraji/Wikimedia

Há quase um mês, cerca de 18 cidades do Irã proibiram a população de passear com seus cães em público, sob o discurso de "saúde pública, ordem social e segurança", de acordo com informações da mídia local. 

As autoridades iranianas afirmam que os cães de estimação representam uma ameaça à ordem social, como também é um sinal de influência da cultura ocidental, fenômeno que o Irã vem tentando combater. 

Para desencorajar a posse dos animais, as autoridades locais têm introduzido proibições como passear com os bichos em espaços públicos ou carregá-los em veículos. Ainda que não tenha nenhuma lei que proíba completamente a posse de cães, ela vem sendo desencorajada desde a Revolução Islâmica de 1979. 

Apesar da repressão, o amor dos iranianos pelo pets não diminuiu, mesmo com o medo e a vigilância constante, muitos insistem em não esconder os animais e cuidar deles, ou, até mesmo, se arriscam em realizar passeios durante a noite para evitar a fiscalização. 

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, emitiu um parecer jurídico afirmando que a saliva e os pelos dos cachorros podem deixar as pessoas e os objetos impuros, invalidando até as orações. Apesar de ser permitido criar cães para caça, guarda ou pastoreio, a ideia de tê-los como companhia doméstica, segundo o líder, não é recomendada. 

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