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Junho de 2025 foi o 3° mais quente da história, segundo pesquisa de observatório europeu

Mês registrou temperatura 1,30°C acima da média pré-industrial, com fenômeno que atinge atmosfera e mares

Por Da Redação
Ás

Junho de 2025 foi o 3° mais quente da história, segundo pesquisa de observatório europeu

Foto: Reprodução/Tânia Rêgo | Agência Brasil

O observatório europeu Copernicus, que monitora mudanças climáticas globais, divulgou, na terça-feira (8), que junho de 2025 foi o terceiro mês de junho mais quente já registrado no planeta. Segundo os cientistas, os números alertam sobre a tendência de aquecimento com impactos cada vez mais visíveis.

De acordo com a pesquisa, junho de 2025 registrou 1,30°C acima da média de 1850 a 1900, e foi apenas o terceiro mês, nos últimos dois anos, em que a temperatura global ficou abaixo de 1,5°C. Em relação à temperatura média do ar no mundo, no mesmo período foi registrado 16,46°C. As métricas mostram um aumento de 0,47°C em relação à média histórica do mês, que vai de 1991 a 2020.

O Copernicus divulgou, por meio de um comunicado, que este último mês foi marcado por temperaturas extremas nos dois hemisférios. Grande parte da Europa, América do Norte, Ásia Central e partes da Antártica Ocidental enfrentaram temperaturas acima da média, enquanto regiões do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, registraram um frio fora do comum para a época.

Regiões da Índia e da Antártica Ocidental também registraram valores abaixo do esperado para o mês. Os cientistas apontam o fenômeno com um exemplo do desequilíbrio crescente no sistema climático do planeta.

Mesmo com os casos onde alguns países são afetados pelo frio, os pesquisadores apontam que a tendência geral é de aquecimento global persistente, com impactos cada vez mais evidentes na saúde humana, agricultura, nos ecossistemas e economia.


Recorde de calor no Mediterrâneo

O observatório destacou que o calor não afetou apenas a atmosfera terrestre. Os oceanos também enfrentaram condições extremas no último mês, principalmente o Mediterrâneo Ocidental, onde uma onda de calor marinha excepcional se formou em junho.

No dia 30, a região registrou a maior temperatura média diária da superfície marítima já observada em um mês de junho, sendo ela 27°C. O valor representa uma diferença de 3,7°C, quando comparado a média histórica, a maior anomalia já registrada para a área em qualquer mês do ano.

A temperatura média da superfície do mar para o mês foi de 20,72°C, o terceiro maior valor já registrado para um mês de junho. O número só fica atrás dos recordes estabelecidos em 2024.

Com os mares cada vez mais quentes, a transferência de calor para a atmosfera cria um efeito que amplia o impacto das altas temperaturas em terra firme, como as ondas de calor que atingem países como Portugal, Espanha, França e Itália no fim do mês.

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