Setor publicitário deve crescer pelo menos 10%, projeta presidente da ABAP-BA
A retomada também deve aquecer o mercado profissional, com as agências voltando a crescer e a contratar
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O setor publicitário pode registrar aumento nas contratações no segundo semestre deste ano, de acordo com a projeção da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP-BA). O esperado é que a área tenha crescimento acima de 10%.
O presidente da instituição Américo Neto comemora o possível resultado, após meses em crise, por causa das medidas restritivas contra a Covid-19. “O mercado já tem dado sinais fortes de reação em todos os setores e a gente espera que com o a volta do da festa, os do turismo, da comunicação para baianos e para brasileiros que estejam na Bahia, permita que a gente cresça cerca de 10, 11%”, completa Americo.
A retomada também deve aquecer o mercado profissional, com as agências voltando a crescer e a contratar. “Isso abre a possibilidade de trazer os melhores recursos humanos de diversas cidades, de outros estados que podem estar conectados online, ampliando as fronteiras de contratação, a gente vai buscar o talento onde quer que eles estejam", esclarece.
Em relação a outros países, uma pesquisa da Magna International, empresa do Canadá, divulgou que os Estados Unidos continuará na liderança dos cinco maiores mercados publicitários (seguido por China, Japão, Reino Unido e Alemanha). A fatia da publicidade digital deverá chegar a US$ 179 bilhões (aumento de 24%), aproximando-se de 70% do total.
Só as vendas de anúncios na forma digitais no segundo trimestre deste ano nos Estados Unidos devem crescer pelo menos 40% em relação ao mesmo período do ano passado.
Ainda de modo global, o levantamento realizado pela Magna prevê que a mídia impressa será a única com crescimento negativo. A previsão é que a receita publicitária dos jornais caia 4% em relação ao ano passado e a das revistas 5%.
A receita global das TVs deve crescer 3%, para US$ 153 bilhões, à medida que as marcas de consumo (como as dos setores automotivo e de bebidas) aumentem a competição para retornar os consumidores em um ambiente seguro. Além disso, os eventos esportivos internacionais propiciarão orçamentos publicitários adicionais.
Os maiores beneficiados no setor não-digital serão o rádio (+5%) e a mídia externa (+10%), com um retorno gradual à mobilidade do consumidor que restaurará suas audiências.