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Simone Tebet afirma que encontro de Lula com caciques do MDB e apoio dado ao petista são "equívocos"

Em entrevista, a senadora afirmou que o centro precisa representar a força de resistência

Por Da Redação
Ás

Simone Tebet afirma que encontro de Lula com caciques do MDB e apoio dado ao petista são "equívocos"

Foto: José Cruz/Agência Brasil | Ricardo Stuckert/PT

A pré-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), classificou o encontro do ex-presidente Lula com caciques do MDB na segunda (18) e o apoio de parte do partido ao petista já no primeiro turno é um erro. Para a senadora, o centro precisa representar a força de resistência contra o extremismo criado não só pelo presidente Jair Bolsonaro, mas também por Lula.

“É um equívoco achar que o centro tem que ir no primeiro turno com Lula para evitar qualquer tipo de susto lá na frente. Não vai evitar. Pelo contrário, pode acirrar e pode, inclusive, antecipar [um susto]. O que nós temos que ter é uma força política com equilíbrio e moderação que o centro sempre representou, inclusive pelas figuras dos ex-presidentes que tivemos, como Sarney, Fernando Henrique, Temer… nós estamos falando de três partidos [MDB, PSDB e Cidadania] que têm condições de liderar uma frente de resistência, seja em defesa da democracia seja de trazer a política para o centro. É disso que nós precisamos”, afirmou a senadora à Veja.

Se espera que a oficialização da candidatura de Tebet à Presidência ocorra no dia 27 de julho, porém,  os movimentos de Lula para conquistar apoio de caciques do MDB atrapalham (e podem atrapalhar ainda mais) os planos da senadora.

“A minha preocupação é a forma como a grande imprensa e a mídia estão tratando essa questão. O que vai evitar qualquer tentativa, agora e em 2026, de a gente passar pelo mesmo perrengue – só que aí provavelmente com Bolsonaro fora do poder como um candidato ao pleito na presidência – é exatamente o que estamos fazendo, que é um fortalecimento do centro. Nós estamos passando por tudo isso porque o centro, em um determinado momento, seja pela criminalização da política, seja qual for a razão, seja por erros – não vem ao caso aqui discutir – se esfacelou, a política foi ao chão. Política não tem espaço vazio, o extremismo tomou conta do Brasil e agora é hora do centro comandar essa grande frente de resistência”, destacou Simone.

A senadora ainda afirma que há uma antecipação de um cenário político com a polarização entre Lula e Bolsonaro no primeiro turno. “Eu não entendo essa visão de querer, no desespero, dizer que ‘entre o ruim e o péssimo, vamos ficar com o ruim e matar logo no primeiro turno’. Não é assim que a política funciona, não é assim que a história nos mostrou e ainda mostra porque a gente não sabe qual vai ser a reação de qualquer forma no primeiro turno. Quem está pronto para reagir no segundo turno está pronto para reagir no primeiro. Estar no palanque com Lula é tudo o que nós não precisamos para o Brasil agora”, pontuou.

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