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Somente 18 das 77 delações da Odebrecht acarretaram em ações penais

Pelo tempo, investigações correm risco de prescrever antes de chegarem a fase de denúncia

Por Da Redação
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Somente 18 das 77 delações da Odebrecht acarretaram em ações penais

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Dois anos após 77 executivos da Odebrecht selarem acordos de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), pouco mais de 10% das investigações encaminhadas do Supremo Tribunal Federal (STF) à primeira instância ocasionaram ações penais. O "fim do mundo", como foi apelidada a delação, basicamente só chegou em Curitiba, Brasília e no Rio de Janeiro. Na maioria dos demais estados, as investigações aparentam ter encalhado na fase de inquérito, isso quando não foram arquivadas.

Desde o momento da delação, o relator da Lava-Jato no STF, Edson Fachin, encaminhou a primeira instância 158 pedidos de abertura de investigação a partir de informações concedidas pelos delatores. Somente 18 ações penais foram propostas desde então. Como a maior parte das delações aconteceu em 2014, as investigações correm risco de prescrever antes de chegarem a fase de denúncia.

No Paraná, seis ações penais foram propostas com contribuição direta dos ilícitos confessados pelos funcionários da Odebrecht, incluindo o processo condenatório ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão por melhorias feitas em um sítio em Atibaia. O acordo também foi anexado a outros processos de menor porte.

Em Curitiba, as delações da empreiteira também ocasionaram novos desdobramentos da operação, como por exemplo, a 62ª fase da Lava-Jato que investiga pagamentos de propina disfarçados de doações eleitorais para cervejaria Petrópolis.

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