STF condena Paulinho da Força a dez anos de prisão
Deputado foi acusado de envolvimento em desvio de recursos do BNDES
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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou na sexta-feira (5) o deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP), popularmente conhecido como Paulinho da Força, a 10 anos e dois meses de prisão. Ele é acusado de participação em desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lavagem de dinheiro e associação criminosa.
A defesa do deputado nega que ele tenha cometido crime e afirmou que vai recorrer da decisão ao plenário do Supremo. Por a condenação ser acima de 8 anos, o Código Penal define que a pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado.
"A defesa respeita a decisão do STF e recebe com serenidade diante da confiança de que o recurso será admitido”, afirmou Marcelo Leal, advogado de Paulinho.
Entenda o caso
Em 2012, Paulinho da Força foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR). A denúncia foi recebida pelo STF em 2015, e Paulinho passou a responder a uma ação penal como réu.
Segundo a PGR, o parlamentar atuou para beneficiar empresas no BNDES. E afirma ainda que Paulinho indicou nomes de sua confiança para o Conselho de Administração do BNDES, em vaga destinada à Força Sindical, entidade controlada pelo deputado.
Quando o BNDES autorizava os financiamentos, ainda de acordo com investigadores, o grupo apresentava notas que seriam falsas para justificar gastos e desviar recursos.