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Política

Gilmar Mendes defende aplicação de foro privilegiado mesmo após término de mandato

Voto do ministro reacende debate sobre jurisprudência do Supremo Tribunal Federal

Por Da Redação
Ás

Gilmar Mendes defende aplicação de foro privilegiado mesmo após término de mandato

Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou para que o foro privilegiado continue aplicável mesmo após o término dos mandatos políticos. A discussão ocorre em meio a um julgamento sobre um habeas corpus movido pela defesa do senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará.

Segundo Mendes, a prerrogativa de foro para julgamento de crimes relacionados ao exercício do cargo público deve persistir após o afastamento do cargo, seja por renúncia, não reeleição, cassação ou outros motivos. Ele propõe uma revisão da jurisprudência atual do STF sobre o assunto, sugerindo que a saída do cargo só afaste o foro privilegiado em casos de crimes cometidos antes da investidura no cargo ou que não tenham relação com o exercício do mesmo.

A decisão anterior de 2018 restringia a competência do STF para julgar apenas crimes cometidos no exercício do mandato e relacionados a ele, como uma medida para reduzir o volume de processos na Corte. No entanto, a aplicação dessa regra tem sido questionada em casos recentes, como os envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a deputada federal Carla Zambelli.

Agora, a controvérsia se estende a casos emblemáticos, como o dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. A análise da ação pelo STF, de relatoria do ministro Alexandre de Moraes, está sob questionamento devido à prerrogativa de foro do deputado federal Chiquinho Brazão, que era vereador à época do crime em 2018.

O voto de Gilmar Mendes abre espaço para uma revisão mais ampla sobre a aplicação do foro privilegiado e promete gerar debates intensos no âmbito jurídico e político. A conclusão desse julgamento está prevista para 8 de abril, com possibilidade de interrupção para mais discussões presenciais entre os ministros.

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