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Suprema Corte da França preserva sentença de Sarkozy por corrupção; ex-presidente usará tornozeleira eletrônica

Francês foi condenado no ano de 2021 por corrupção e tráfico de influência

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Suprema Corte da França preserva sentença de Sarkozy por corrupção; ex-presidente usará tornozeleira eletrônica

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A Suprema Corte da França continuou com a condenação do ex-presidente Nicolas Sarkozy por corrupção e tráfico de influência, e definiu que Sarkozy usará tornozeleira eletrônica no período de um ano, de acordo com resolução divulgada nesta quarta-feira (18).

Sarkozy foi sentenciado em 2021 a três anos de reclusão, porém alcançou um amolecimento da pena em recurso executado à Suprema Corte. Dois anos de reclusão foram anulados da sentença, e na sobra do tempo de pena o ex-presidente utilizará a tornozeleira ao invés de ficar na prisão.

A condenação ainda estabeleceu que o ex-presidente francês perdeu os direitos políticos por três anos.

O tribunal constatou que o ex-presidente francês tramou para assegurar um cargo em Mônaco para um juiz mediante informações privilegiadas sobre uma investigação sobre o próprio Sarkozy, em que ele teria recebido pagamentos ilegais da herdeira da L'Oréal, Liliane Bettencourt. 

Terminadas as instâncias na França, o advogado de Sarkozy, Patrick Spinosi, declarou nesta quarta que irá levar o caso à Corte Europeia dos Direitos Humanos. Spinosi afirmou ainda que o ex-presidente executará resolução sobre tornozeleira eletrônica.

Sarkozy terá que encarar julgamento em 2025 por denúncias de corrupção e financiamento ilegal associados ao aparente financiamento líbio de sua bem-sucedida campanha presidencial de 2007. Sarkozy rejeita todas as acusações. Caso seja condenado no caso da Líbia, Sarkozy poderá encarar até 10 anos de reclusão.

O antecedente de Sarkozy, Jacques Chirac, que é conservador também, é o único outro presidente da história moderna da França a ser sentenciado por um tribunal. Chirac foi julgado culpado de corrupção em 2011, quatro anos depois de sair do cargo.

A incriminação

O caso iniciou em 2014, no período os telefones do já ex-presidente encontravam-se sob escuta da Justiça para outra apuração, sobre o provável subsídio líbio da campanha eleitoral no ano de 2007.

Os investigadores encontraram então a presença de uma terceira linha telefônica sob o pseudônimo "Paul Bismuth", que ele utilizava sem receio de ser grampeado para conversar com o advogado e amigo Thierry Herzog.

A acusação informar que os dois fizeram um pacto de corrupção com Gilbert Azibert, procurador do Tribunal de Cassação, que teria disponibilizado sua ajuda em um caso em troca de um cargo de prestígio em Mônaco.

Sarkozy desejava que o tribunal apagasse a apreensão de seus diários presidenciais, definida no âmbito da investigação sobre o abuso realizado pela herdeira do grupo L'Oréal, Liliane Bettencourt.

Herzog e Azibert foram sentenciados também a três anos de reclusão, um deles obrigatório, por terem acordado um "pacto de corrupção" com Sarkozy em 2014. Herzog não poderá exercer a profissão de advogado por três anos.

Sarkozy é alvo de outros processos. O Ministério Público solicitou o julgamento do ex-presidente e de outras 12 pessoas por desconfiança de que sua vitoriosa campanha eleitoral em 2007 foi em partes financiada na época pelo regime líbio de Muammar Khaddafi.

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