'Tarifaço' de Trump provoca boicote de consumidores a produtos dos EUA pelo mundo
Ações incluem iniciativas para destacar negativamente produtos americanos nos mercados

Foto: Alan Santo/Agência Brasil
Consumidores ao redor do mundo têm promovido boicote a produtos dos Estados Unidos, após o “tarifaço” de Donald Trump. Do Canadá à Europa, os países têm ganhado cada vez mais adeptos das iniciativas de "compre local", organizadas entre a população.
Desde que iniciaram as ameaças sobre as medidas tarifárias, diversos grupos foram criados no Facebook para organizar boicotes e campanhas. Na França, uma comunidade chamada "Boycott USA: Achetez Français et Européen!" já passa de 30 mil participantes.
Os suecos se reuniram no "Bojkotta varor från USA" e "Boykot varer fra USA" (Boicote aos produtos dos EUA), que já contam, juntos, mais de 180 mil membros, unidos com o fim de pressionar pelo fim das sanções.
Na Alemanha, há um aceno para postura semelhante. O grupo de pesquisa Cuvey concluiu que 64% da população preferiria evitar os produtos americanos, se possível.
O maior varejista da Dinamarca, Salling Group, prometeu marcar os produtos da Europa com uma estrela negra para ajudar os consumidores a identificá-los.
Um outro movimento nas redes sociais e fóruns estimula os consumidores europeus e canadenses a colocarem os produtos dos EUA de cabeça nas prateleiras dos supermercados, como sinal visual para dissuadir outros clientes.
Outras empresas estão tomando medidas ainda mais concretas: a fornecedora norueguesa de óleo e combustível para navios Haltbakk Bunkers anunciou que vai parar de suprir as embarcações da Marinha dos EUA.
O tarifaço
O presidente Donald Trump impôs tarifas aos produtos importados pelos EUA para 180 países, válidas desde o último dia 5. Em dois dias, o país americano chegou a perder US$ 7 trilhões após o anúncio da decisão.
As taxas são de 10%, exceto para a China que já chega a 145%, em um cenário de guerra tarifária entre os dois países.
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