Tax Free para turistas estrangeiros movimentaria R$ 2,1 bilhões na economia no Brasil, diz pesquisa
Estimativa foi projetada caso o país adotasse o sistema de isenção de impostos
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A restituição de valores para turistas estrangeiros por meio de isenção de impostos, chamada Tax Free, provocaria aumento nos gastos deles no Brasil e movimentaria cerca de US$ 411,6 milhões, o equivalente a R$ 2,1 bilhões na economia do país.
A conclusão é da pesquisa Turismo Internacional Satisfação e Consumo no estado do RJ e Tax Free, realizada em março, pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises do Rio de Janeiro (IFec RJ), com turistas estrangeiros na área de embarque do Aeroporto Internacional Galeão Tom Jobim, zona norte do Rio.
De acordo com os dados, o consumo médio de um turista sem o programa é de US$ 542,9 e com a implantação passaria para US$ 665,5 em média.
A pesquisa mostra que 50,7% dos turistas entrevistados já se beneficiaram de programas semelhantes em viagens a outros países que adotam Tax Free. Após explicar como funciona a restituição para quem a desconhecia e para os que já conhecem, 53,7% afirmaram que ela estimula o consumo: “73% acham que o Brasil deveria adotar o programa de reembolso, sendo que 46,2% revelaram que gastariam mais ou passariam a comprar com a adoção da medida”, diz nota do IFec RJ.
O estudo também mostra que 83,4% dos entrevistados escolhem o Rio de Janeiro para turismo, lazer e passeio. Para outros 11,3%, o motivo da viagem são os negócios. O tempo médio de pernoite dos visitantes é de dez dias, mas entre eles 48,9% ficam em média entre oito e 30 dias no estado.
A maioria dos turistas estrangeiros preferem se hospedar no Rio em hotéis (64,4%) e pousadas (20,7%). Na sequência, a preferência são os imóveis ou quartos alugados via plataformas digitais (17,7%), com a predominância do Airbnb.
Os gastos de 49,9% dos turistas pesquisados ficaram entre US$ 201 e US$ 1.000, sendo a média de US$ 542,9.
Foram ouvidos 866 turistas estrangeiros, entre 7 de 14 de março, levando em consideração a proporcionalidade do destino de procedência dos turistas contida no Anuário Estatístico de Turismo 2020, ano-base 2019, do Ministério do Turismo, relativamente ao desembarque no Rio de Janeiro.