Taxa de desemprego cai a 7,4% em dezembro, diz IBGE
Rendimento médio chega a R$ 2.979, o melhor em uma década; veja números
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A taxa de desemprego no Brasil chegou a 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023, um recuo de 0,3 ponto percentual (p.p) em comparação ao trimestre de julho a setembro. O índice é o menor registrado desde 2014, quando a taxa chegou ao patamar de 7%.
Segundo os dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado confirma a tendência já apresentada em 2022 da recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da Covid-19.
Com o resultado, a taxa média anual do índice foi de 7,8% em 2023, o que representa uma retração de 1,8 p.p frente a de 2022, quando marcou 9,6%. O patamar está próximo do início da série histórica, em 2012, quando a taxa média foi de 7,4%.
Emprego formal
A estimativa anual do número de empregados com carteira assinada também apresentou crescimento no período, com 37,7 milhões de pessoas, representando um crescimento de 5,8% no ano, o mais alto da série.
O contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento, de 5,9%, chegando a 13,4 milhões de pessoas, também o pico da série.
O número de trabalhadores domésticos aumentou em 6,2%, totalizando 6,1 milhões de pessoas. A taxa anual de informalidade caiu ligeiramente, passando de 39,4% para 39,2%, ao passo que a estimativa da população desalentada diminuiu em 12,4%, atingindo um total de 3,7 milhões de pessoas.
Rendimento médio
Ainda segundo o IBGE, o rendimento real habitual anual foi estimado em R$ 2.979, representando um aumento de 7,2% (ou R$199) em comparação com 2022. Este valor se aproxima do pico da série, que foi em 2014 (R$ 2.989). Além disso, a massa de rendimento real habitual anual atingiu R$ 295,6 bilhões, seu maior valor na série histórica, com um aumento de 11,7% (R$ 30,9 bilhões a mais) em relação a 2022.