TCU indica o desperdício de mais de R$ 54 bilhões em pagamentos indevidos de auxílio emergencial
O benefício pago a pessoas em situação de vulnerabilidade, alcançou milhares de trabalhadores sem renda formal entre 2020 e 2021
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Um balanço parcial do Tribunal de Contas da União (TCU), entregue em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, indica o desperdício de R$ 54,7 bilhões de recursos públicos, pagos indevidamente como auxílio emergencial.
O benefício, pago entre 2020 e este ano à pessoas em situação de vulnerabilidade, alcançou milhares de trabalhadores sem renda formal. No entanto, muitas pessoas sacaram o auxílio sem estar dentro dos critérios de elegibilidade, como servidores públicos e beneficiários da Previdência Social.
Segundo o secretário de Controle Externo da Previdência, do Trabalho e da Assistência Social, João Ricardo Pereira, um dos motivos para o alto índice de fraudes foi a aferição dos critérios de elegibilidade para recebimento apenas no pagamento da primeira parcela, sem mais verificações nas demais etapas.
Através do cruzamento de dados em cadastros governamentais e nas pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), feito pelo TCU e outros órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União (CGU), foi possível fazer o cancelamento de 3,7 milhões de benefícios, o que resultou numa economia de R$ 8,8 bilhões.