Economia

Tebet critica Banco Central e pede redução da taxa Selic

Índice é o maior em mais de seis anos e atingiu altos níveis para conter a inflação

Por Da Redação, Agência Brasil
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Tebet critica Banco Central e pede redução da taxa Selic

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, criticou, na sexta-feira (14), a taxa Selic — que está em 13,75% desde agosto de 2022. O índice representa os juros básicos da economia e é definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central.

O índice é o maior em mais de seis anos e atingiu altos níveis para conter a inflação. O presidente  Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados têm criticado com frequência o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela taxa Selic.

"Uma coisa está faltando e não depende de nós. Não adianta fazermos um Desenrola [programa de renegociação de dívidas do governo federal, que começa na próxima segunda-feira (17)], e aliviarmos a vida das pessoas, com os juros a 13,75%", criticou Tebet, durante entrevista coletiva após a última plenária de elaboração participativa do Plano Plurianual (PPA), em São Paulo (SP), na sexta (14).

Para a ministra, projetos como o Desenrola são necessários, porque "a maioria absoluta das famílias brasileiras está endividada." Tebet acredita que o programa é "eficiente sob todos os aspectos, especialmente na questão ambiental", mas não é capaz de resolver as causas do endividamento.

Em comentário direcionado a Campos Neto, a ministra afirmou que é  a favor da autonomia do Banco Central, mas que a política monetária precisa de ajustes. 

​​​​​​Desenrola

O Ministério da Fazenda autorizou nesta sexta-feira (14) que as instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central (BC) para operações de crédito podem começar, a partir de segunda-feira (17), a renegociação de dívidas da Faixa 2, pelo Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes, o Desenrola Brasil.

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

A Faixa 2 do programa atende à população com renda mensal de dois salários mínimos (R$2.640) a R$ 20 mil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nas redes sociais o início do programa, que, segundo o governo, vai beneficiar 70 milhões de brasileiros que possuem dívidas. 

"Ninguém gosta de ficar com o nome sujo. Vamos ajudar o povo a reconquistar dignidade."

As dívidas poderão ser quitadas nos canais indicados pelos agentes financeiros e poderão ser parceladas em, no mínimo, 12 prestações. Também é necessário ter sido incluído no cadastro de inadimplente até 31 de dezembro de 2022.

Nesta etapa do programa, também serão perdoadas as dívidas bancárias de até R$ 100. Nesse caso, o nome da pessoa será retirado dos cadastros de devedores automaticamente pelas instituições financeiras. Segundo o Ministério da Fazenda, com essa medida, cerca de 1,5 milhão de pessoas deixarão de ter restrições e voltarão a poder ter acesso a crédito.

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