Temporada das baleias jubartes no litoral baiano pode causar acidente
O animal é um mamífero marinho presente na maioria dos oceanos
Foto: Divulgação
As baleias jubartes, normalmente vistas no litoral, estão migrando para a costa brasileira para terem seus filhotes. Esse feito tem chamado atenção dos ambientalistas, isso pelo fato de ao se aproximarem mais da faixa litorânea há risco dos animais sofrerem acidentes, ficando presos em redes de pesca, por exemplo.
A Redemar Brasil lançou o Projeto Baleias Soteropolitanas (PBS), com o intuito de de prevenir acidentes durante a temporada das baleias, que vai de julho a novembro. O projeto pretende criar um mapa de avistamentos das jubartes no litoral de Salvador.
"Preservar as baleias é uma das nossas prioridades, mas não podemos fazer isso sozinhos. Através da educação oceânica, pretendemos difundir este propósito por toda a sociedade (...) Essa conscientização fomenta a preservação ambiental", destacou o presidente do Redemar Brasil, William Freitas.
O projeto chama atenção de pessoas que praticam as atividades portuárias, pesqueiras e turísticas, entre outras que podem representar riscos para as jubartes. “Precisamos considerar o trânsito dos ferryboats, lanchas particulares ou que fazem o percurso Salvador x Mar Grande, catamarãs que fazem o translado para Morro de São Paulo, canoas havaianas, atividades de pesca e tudo o mais que possa se colocar no caminho das baleias."
Por isso, o presidente pede para que as pessoas que avistarem qualquer sinal de uma baleia "diminua a velocidade da embarcação, desligue os motores e espere que ela se afaste". Além disso, ele conclui que "os pescadores precisam redobrar a atenção ao lançarem suas redes ao mar".
A jubarte ou baleia-jubarte, também conhecida como baleia-corcunda, baleia-cantora, baleia-corcova, baleia-de-corcova, baleia-de-bossas ou baleia-preta é um mamífero marinho presente na maioria dos oceanos. Muitos especialistas consideram o animal como uma espécie-chave, ou seja, quando retirada de um ecossistema, causa a morte de diversas outras espécies.
Um exemplo disso são suas próprias fezes, por serem ricas em nutrientes, como o Ferro e o Nitrogênio, alimentam o plâncton, nome dado ao conjunto de minúsculos organismos que vivem espalhados pela água doce ou marinha, responsável por capturar cerca de 40% de todo gás carbônico (CO²) lançado na atmosfera.
De acordo com um estudo o Fundo Monetário Internacional (FMI), as baleias também podem acumular 1,7 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, o que representa um número muito acima das emissões de carbono por ano no Brasil, ou seja, ajudam a controlar o aquecimento global.
Outro relatório emitido pelo FMI, mostra uma importante ligação desses animais com as funções ecológicas e com os outros seres do planeta Terra. No entanto, os números populacionais das baleias preocupam.