TikTok solicita bloqueio de lei que pode expulsar sua operação nos EUA nas próximas semanas
Regra aprovada pelo presidente Joe Biden determina que a empresa ByteDance venda o domínio da plataforma no país até de 2025
Foto: Erika Azevedo/Farol da Bahia
A ByteDance, empresa chinesa que administra do TikTok, entrou com uma ação de bloqueio temporário da norma que pede que ocorra a venda da plataforma de vídeos curtos nos EUA até dia 19 de janeiro de 2025, correndo o risco de ser banido do país.
A solicitação foi realizada em caráter de emergência ao Tribunal de Apelações dos EUA direcionada para o Distrito de Colúmbia, nos EUA, na última segunda-feira (9). Ela ocorreu depois da ByteDance ter sofrido um infortúnio na última sexta-feira (6), já que um grupo de juízes do tribunal de apelações optou por continuar com a validade da lei.
No novo recurso, a ByteDance prevê que se a lei entrar em ação, fechará “uma das plataformas de discurso mais populares do país — para os mais de 170 milhões de usuários domésticos mensais na véspera da posse presidencial”.
Ainda cabe recurso pela empresa chinesa à Suprema Corte dos EUA.
Por que a ByteDance pediu um bloqueio temporário?
De acordo com os advogados da empresa, para garantir mais tempo até que o caso esteja na Suprema Corte, local em que eles creem que a lei será revista.
Se a Suprema Corte não retroceder com a lei, o presidente dos EUA Joe Biden (Democratas) determinará se ira conceder um alongamento de 90 dias do prazo de 19 de janeiro ou não. Após a decisão, o caso estará com Donald Trump (Republicanos), que assumirá o cargo em 20 de janeiro.
Tiktokers dos EUA advertem seguidores
Depois da Justiça ratificar na última sexta-feira (6) a norma que pode excluir o TikTok, influenciadores da rede social estão solicitando que seguidores migrem para seus canais em outras plataformas, como Instagram e YouTube.
No aplicativo, os espectadores e influenciadores exprimem preocupações e confusão. Muitos afirmam duvidar que a plataforma continuará e que estão se organizando para o pior.
Chris Burkett, criador de conteúdo no TikTok, com 1,3 milhão de seguidores em seu perfil que fala sobre estilo de vida masculino, afirmou que a plataforma não vai durar, de acordo com a Reuters.
"Não acho que haja longevidade nesse aplicativo nos Estados Unidos", disse o influenciador em uma postagem de vídeo, solicitando a seu público que migrem para outras redes sociais, como Instagram, YouTube, X e Threads.
O criador de conteúdo de viagens gastronômicas SnipingForDom, que possui 898 mil seguidores no aplicativo, declarou: "Dedicamos muitos anos e muito tempo para construir nossa comunidade aqui", contou a Reuters.
Ainda que ele não acredite que o fim do TikTok nos EUA esteja perto, ele tem pedido aos seguidores para seguirem sua conta no Instagram, segundo a agência.
Sarah Jannetti, vendedora na TikTok Shop, contou que seus clientes não estão preocupados com uma iminente censura do aplicativo e não mudarão seus negócios "até que vejam algo mais concreto", declarou.