Trabalho noturno pode contribuir para obesidade, diz estudo
Pesquisadores da USP chamam atenção para trabalhadores da saúde

Foto: Reprodução/Pixabay
Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) aponta que jornadas de trabalho irregulares e prolongadas são fatores de risco para aumento da obesidade. Segundo o levantamento, o trabalho noturno pode trazer impactos para a vida dos profissionais, especialmente de enfermeiras e enfermeiros.
Os dados apontam também os elementos envolvidos nessa condição: a privação do sono, o sedentarismo e a má alimentação. “A privação ou a falta de rotina do sono ao qual esses profissionais são submetidos pode levá-los a ter uma disfunção do ciclo circadiano, que é a desregulação do ritmo com que o organismo realiza suas funções ao longo do dia”, explica Maria Gabriela Tavares Amaro, autora da pesquisa de iniciação científica, em comunicado.
“Ao amanhecer, a claridade estimula a liberação do cortisol, hormônio que nos deixa despertos; ao anoitecer, o escuro induz a produção da melatonina, que nos leva ao sono e ao relaxamento”, completa.
A obesidade e o excesso de peso são questões de saúde com causas multifatoriais, o que reforça a necessidade de reduzir os impactos do problema. De acordo com dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), no Brasil, a ocorrência da obesidade aumentou cerca de 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8%, em 2006, para 20%, em 2019.