Trama golpista: PGR finaliza texto para apresentar denúncia contra Bolsonaro e Braga Netto
Ao todo, 40 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal nas investigações
Foto: Agência Brasil/Valter Campanato
A Procuradoria-Geral da República (PGR) faz os ajustes finais para apresentar as primeiras denúncias no inquérito que apura a orquestração de um golpe de Estado em 2022 para tentar impedir a vitória e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa que tentava a reeleição, e outras 38 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal nessas investigações.
Devido à quantidade de envolvidos, a expectativa é que as denúncias sejam apresentadas em partes. No primeiro bloco, devem estar as autoridades de postos mais altos e indicadas como os "cabeças" da orquestração do golpe.
A divisão do envio das denúncias também tem como objetivo agilizar o trâmite no Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira análise cabe à Primeira Turma da Corte, responsável pelo julgamento das ações penais. Cabe à Turma, inclusive, decidir se aceita a denúncia – momento em que os denunciados passam à condição de réus.
A partir daí, começa a fase de coleta de depoimentos. A princípio, a previsão no STF é de que essa etapa seja coordenada pelo gabinete do relator das ações, ministro Alexandre de Moraes.
