Tratado de Integração
Confira o nosso editorial desta terça-feira (30)

Foto: Reprodução
Em março deste ano, há 30 anos, os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai e do Paraguai, reunidos em Assunção, assinaram o documento de criação do Mercosul.
Desse ato, nasceu um bloco regional que hoje, se fosse um único país, surgiria como a 9ª maior economia do planeta. Sozinho, o Brasil é a 12ª economia mundial, pelas estatísticas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O embrião do Mercosul, no entanto, se celebra em um 30 de novembro – de 1985: a Declaração do Iguaçu, um tratado firmado em Foz do Iguaçu pelos presidentes de Argentina e Brasil, respectivamente, Raúl Alfonsín e José Sarney, com o qual se lançou a ideia da integração econômica e política do Cone Sul.
Ambos os países acabavam de sair de um período ditadorial e enfrentavam a necessidade de reorientar as respectivas economias.
O Uruguai e o Paraguai, que assistiram aos vizinhos assinando acordo atrás de acordo a partir de 1985, perceberam que a aliança era promissora e decidiram somar-se ao grupo.
Antes da Declaração do Iguaçu, o Brasil já tinha assinado alguns acordos com a Argentina que facilitaram o estreitamento das relações entre os dois países.
Um dos mais relevantes foi o Convênio de Amizade e Consulta, assinado nos governos de Jânio Quadros e Arturo Frondizi em Uruguaiana (RS), em um momento que ficou conhecido pela diplomacia brasileira como formador do “espírito de Uruguaiana”, representado a positividade das relações naquele encontro.
A necessidade de consolidar definitivamente o processo de integração econômica entre as duas Nações, como este tratado, foi, sem dúvida, um marco de impulso à integração da América Latina.