Três ministros renunciam após protestos no Equador
Chefes das pastas de Saúde e Transporte, Educação e Economia deixaram os cargos nesta terça (5)
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Foto: Pixbay
Três ministros e um alto funcionário do Equador renunciaram nesta terça-feira (5). O país passa por uma crise política que pretendia derrubar o presidente direitista Guillermo Lasso. Após 18 dias de protestos, a possibilidade impeachment de Lasso foi afastada com acordo que pôs fim nas manifestações.
Em nota, Lasso agradeceu “aos funcionários pelos serviços leais e valiosos prestados no exercício de suas funções”. Deixaram os cargos: Simón Cueva, que chefiava a pasta da Economia; Ximena Garzón, da Saúde; Marcelo Cabrera, de Transportes e Obras Públicas; e Alejandro Ribadeneira, da Secretaria de Educação Superior.
A justificativa dos desligamentos não foi oficialmente informada. Mas, as supostas motivações são conhecidas. No caso da Secretaria de Educação, as aulas presenciais não foram retomadas após a pandemia, já que não há orçamento suficiente nem para carteiras. Na Saúde, os profissionais dos hospitais reclamam que não há remédios nem álcool, algodão ou fio de sutura. Os próprios trabalhadores pediram que o sistema de saúde fosse declarado em estado de emergência. E a Economia, encarregada de dotar os orçamentos, tem sido totalmente ineficaz.
O ex-banqueiro, assumiu há 13 meses à Presidência do Equador.
Acordo
As manifestações cessaram após a assinatura de uma “ata de paz”, na última quinta-feira (30), onde o Executivo se compromete a reduzir em até 8% os preços dos combustíveis mais utilizados no país. Com essa redução, que entrou em vigor na sexta-feira, o galão do diesel passou de US$ 1,90 a US$ 1,75 e o de gasolina de US$ 2,55 a US$ 2,40. Seis pessoas morreram e mais de 600 ficaram feriadas durante os protestos.