'Tribunais do crime': penas de membros do PCC ultrapassam 270 anos
Último julgamento de criminoso ocorreu na quinta-feira (11)
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Pelo menos quatro membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados por mortes decorrentes dos “tribunais do crime", promovidos pela organização criminosa para punir o que interpreta como desvios, na cidade do interior paulista. Nesses casos, as penas somadas ultrapassam 270 anos.
Um criminoso apontado como integrante do PCC foi condenado a 51 anos de prisão, em regime fechado, por duas execuções. O júri ocorreu na semana passada em Ribeirão Preto, no interior paulista, e foi resultado da Operação Antigona, deflagrada em 2017 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Em julho de 2021, os outros três criminosos foram condenados, também em Ribeirão Preto, por crimes de sequestro, assassinato mediante tortura e ocultação de cadáver. Segundo as denúncias do Gaeco, as vítimas dos tribunais do interior de São Paulo foram mantidas em cárcere privado, torturadas, espancadas e brutalmente assassinadas com golpes de facão.
Jovem é morto por não ir ao “tribunal”
Uma das vítimas do tribunal do crime de Ribeirão Preto foi Uandison Ramalho Bonfim, de 22 anos. De acordo com o MPSP, ele seria “julgado” pela facção em novembro de 2017 por supostamente furtar a corrente de ouro de um integrante do PCC. Como ele não se apresentou aos criminosos no dia 11 daquele mês, o jovem foi sentenciado à morte pela organização criminosa.