Troca de comando no Ministério do Turismo tem "lógica", diz Jaques Wagner
Líder do governo no Senado avalia a saída iminente da ministra do partido como justificativa para a troca na pasta
Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a troca de comando no Ministério do Turismo tem "lógica". Embora ressalte que não defende a saída de Daniela Carneiro do cargo, o senador avaliou que a iminente troca de partido da ministra - do União Brasil para o Republicanos, aguardando aval da Justiça Eleitoral - justifica a cobrança pela mudança na pasta.
"O Turismo tem uma lógica que é você dizer que as pessoas estão lá representando o partido. Não estou defendendo que ela [Daniela] saia. Mas, na medida em que se confirmar que ela pediu para sair do partido, é óbvio que o partido [União Brasil] vai dizer 'era nossa representação, não é mais'", disse Jaques Wagner a jornalistas nesta segunda-feira (12).
Arcabouço no Senado
Jaques afirmou que o relator do arcabouço fiscal na Casa, senador Omar Aziz (PSD-AM), apresentará seu parecer nesta semana. O governo não estabeleceu uma data para a votação da pauta e orientará para a manutenção do texto como está, a fim de evitar que ele retorne à Câmara dos Deputados.
"A preocupação é que se mudar o texto, volta para a Câmara. Se voltar, começa o puxa e estica, todo mundo querendo tirar outras coisas", afirmou o senador do PT. "Haverá um pedido do governo para que não haja alterações. Não que sejam peremptórias, mas queremos aproveitar as boas notícias que saíram de inflação, crescimento do PIB, e consolidar logo o arcabouço fiscal", acrescentou.
Para o líder, o limite contido no arcabouço ao fundo constitucional do Distrito Federal deve ser mantido e não "traz tanto prejuízo", embora a discussão esteja em andamento no governo. "Na caminhada, você pode, lá na frente, fazer alguma mudança que esteja fora de prumo. Mas, se ficar indas e vindas, é ruim para o País", disse Wagner.