TSE pede a empresas informações sobre mensagens com ameaças a STF e apoio a Bolsonaro
Até o momento, não há indícios de que o presidente tenha envolvimento no caso
Foto: Sandra Fado/Divulgação/STJ
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, pediu informações às empresas envolvidas no disparo de mensagens com ameaças ao Supremo Tribunal Federal (STF) e apoio à reeleição do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Na ação, o magistrado determinou a intimação das empresas Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) e Algar Telecom S.A para que informem, no prazo de 24 horas, se foram interrompidos os disparos de SMS irregulares. Em caso de descumprimento, as empresas podem receber multa diária de R$ 50 mil.
De acordo com o ministro, ainda não há indícios de que Bolsonaro tenha envolvimento no disparo de mensagens. Gonçalves deu prazo de cinco dias para que o mandatário apresente sua defesa na ação eleitoral. A decisão foi tomada em uma ação de investigação eleitoral apresentada ao TSE pela coligação Brasil da Esperança, que tem como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A equipe do petista acusa Bolsonaro de abuso de poder econômico e pede que a Corte determine a imediata interrupção dos disparos.
Mensagens
Na semana passada, usuários do Paraná Inteligência Artificial (PIÁ), ferramenta de comunicação do governo estadual, disseram ter recebido mensagens via SMS. Um dos textos dizia: "Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos à rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! O Presidente Bolsonaro conta com todos nós!!".
Foto: Reprodução/Fotos Cedidas
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) do Paraná, o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR) iniciou investigações para apurar os responsáveis pelo disparo das mensagens.