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Política

TSE rejeita consulta do Governo Federal sobre redução de impostos no preço do combustível

Ministro Carlos Horbach menciona "falta de objetividade" da consulta, que foi arquivada

Por Da Redação
Ás

TSE rejeita consulta do Governo Federal sobre redução de impostos no preço do combustível

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (22) não analisar — e arquivar — a consulta formulada pela Advocacia-Geral da União (AGU) que questionava a possível redução da alíquota de impostos e contribuições sobre produtos e insumos por lei aprovada pelo Congresso. O intuito era a redução do preço dos combustíveis. 

A decisão foi tomada por unanimidade, seguindo o entendimento do ministro Carlos Horbach, de que o instrumento da consulta do TSE não é adequado para conseguir uma resposta antecipada sobre uma "conduta vedada a agentes públicos" na decisão de eventual medida de redução dos impostos.

"[Na consulta apresentada] há uma completa desvinculação de casos concretos, sob pena de antecipar eventual julgamento sobre fatos existentes no cenário atual", afirma o relator.

Segundo Horbach, a falta de objetividade da consulta possibilitaria o TSE de dar diversas respostas, como a constatação da existência de diversos precedentes concretos de concessões de benefícios tributários em anos eleitorais anteriores.

"Menciono, a título de exemplo, a Lei nº 12.996/2014, que instituiu o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores – Inovar-Auto –, e o Decreto nº 9.391/2018, que reduziu as alíquotas da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo, gás natural, álcool etílico combustível e seus derivados, bem como reduziu as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre tais produtos", segue trecho da decisão.

Seguiram o relator os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Mauro Campbell Marques, Benedito Gonçalves, Sérgio Banhos e o presidente do TSE, Edson Fachin.

"Você não pode se manifestar sobre algo que pode ser desde a redução na bomba, ou na redução de uma fazenda, ou até o confisco do supermercado. É algo tão abstrato que possibilita, dependendo dos fatos, uma série de interpretações, como ressaltado pelo parecer técnico do TSE e pela PGE. Por isso é impossível sequer analisar a consulta", defendeu o ministro Alexandre de Moraes. 

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