Ucrânia pede para cidadãos deixarem a Rússia e declara estado de emergência
País cita possibilidade de invasão do território ucraniano por Vladimir Putin
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A Ucrânia recomendou, nesta quarta-feira (23), que os cidadãos ucranianos deixem a Rússia imediatamente, apontando um possível risco de invasão.
O alerta ocorre após o presidente Vladimir Putin reconhecer a independência de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia e assinar acordos que abrem portas para a presença militar na Ucrânia.
Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores afirma que "a escalada de agressão russa contra a Ucrânia pode complicar a assistência consular". No texto, o governo ainda pede que os cidadãos evitem viagens à Rússia, além declarar estado de emergência por 30 dias.
De acordo com a Ucrânia, o serviço militar será obrigatório para todos os homens em idade de combate no país.
O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, afirmou ontem (22) que o objetivo final do presidente russo é de "destruir a Ucrânia". Na ocasião, ele também pediu que os países parceiros imponham mais sanções contra a Rússia.
"Os primeiros passos decisivos foram dados ontem, e estamos gratos por eles. Agora a pressão precisa aumentar para parar Putin", afirmou.
Os Estados Unidos anunciou o bloqueio de instituições financeiras militares, além da proibição de negociações com a dívida soberana russa e a imposição de limites à elite da Rússia e os familiares. Além disso, o Reino Unido e França também impuseram sanções após o avanço da Rússia no leste da Ucrânia.
Tudo sugere que a Rússia está planejando um ataque maciço na Ucrânia" depois de enviar tropas aos territórios separatistas pró-Rússia, disse o secretário-geral da Organização do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg após uma reunião extraordinária na sede da Aliança em Bruxelas.