União Europeia, Reino Unido, Canadá e EUA anunciam sanções contra membros do governo da China
Ação coordenada gera reação semelhante por parte do governo de Pequim no dia seguinte

Foto: Reprodução/Plataforma Media
Em ação coordenada, União Europeia (UE), Reino Unido, Canadá e os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (22), sanções contra integrantes do governo da China, relacionadas a acusações de violações dos direitos humanos dos muçulmanos uigures da província chinesa de Xinjiang.
Em resposta, os chineses aplicaram medidas semelhantes contra parlamentares, acadêmicos e instituições europeias, no que pode ser um sinal crescente de conflito com as nações ocidentais. Nesta terça-feira (23), o país asiático convocou seu embaixador na União Europeia.
Desde 1989, quando os europeus aplicaram um embargo sobre a venda de armas, relacionado ao massacre de manifestantes que pediam reformas do regime na Praça da Paz Celestial, o bloco não emitia sanções contra Pequim, e mantinha uma política de equilíbrio.
Ao mesmo tempo em que fazia críticas relacionadas aos direitos humanos, evitava o confronto direto para poupar as relações econômicas com a China, maior parceiro comercial da UE. As medidas vêm em meio a uma política de pressão liderada pelo governo de Joe Biden contra a China.
Na semana passada, os dois países realizaram seu primeiro encontro bilateral, marcado por desentendimentos, acusações e críticas mútuas. Entre os pontos levantados pelo lado americano estava a situação em Xinjiang. A China alega que sua atuação em Xinjiang é parte da luta antiterrorista e visa desradicalizar os uigures, após uma série de atentados no início da década passada.