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Universidades e institutos federais mantêm estado de greve

Coordenadores do movimento rejeitam fim das negociações pelo governo

Por Da Redação, Agência Brasil
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Atualizado
Universidades e institutos federais mantêm estado de greve

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

As universidades e institutos federais de ensino superior (Ifes) continuarão em greve. A informação foi confirmada, nesta sexta-feira (24), pelas entidades que coordenam a paralisação, que indicaram que não vão assinar o acordo anunciado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos na segunda-feira (20). As entidades também cobraram a continuidade das negociações.

Na última quarta-feira (22), a pasta enviou um comunicado aos representantes dos grevistas  informando que estavam encerradas as negociações com os professores das universidades e institutos federais. Segundo o texto, o encontro marcado para a próxima segunda-feira (27) tem como objetivo a assinatura de um termo de acordo, “não restando, portanto, margem para recepção de novas contrapropostas”.

O presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) Gustavo Seferian, disse que o comunicado demonstra a intransigência do governo, ao decretar  de forma unilateral o fim das negociações. 

 “Repudiamos a interrupção unilateral do processo democrático de negociação pelo governo federal [...]  Queremos seguir conversando com o governo federal e entendemos que há, sim, espaço no orçamento deste ano para comportar, não só as demandas remuneratórias, mas sobretudo a recomposição de investimentos nas instituições federais de ensino superior,” disse. 

A greve dos professores e dos técnicos administrativos das instituições federais de ensino superior e colégios federais começou em 15 de abril. Segundo balanço do Andes, assembleias realizadas até o dia de hoje nas instituições de ensino indicam a continuidade da greve em 59 universidades e mais de 560 colégios federais.

Pela proposta do governo, apresentada em maio, os professores de universidades e colégios federais teriam aumento de 13,3% a 31% até 2026. Os reajustes, entretanto, só começariam a ser aplicados em 2025, que desagrada a categoria.

Segundo o comando de greve, há espaço no orçamento para atender às demandas da categoria, a partir do desbloqueio de R$ 2,9 bilhões no relatório orçamentário, informado pelo governo na quarta-feira (22). De acordo com os líderes do movimento, o recurso deve ser voltado para recompor as perdas salariais dos últimos anos.
 

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