Uso regular da internet pode reduzir risco de demência, sugere estudo

Um estudo publicado na quarta-feira (3) no jornal da Associação Americana de Geriatria aponta uma relação entre o uso regular da internet e um risco menor de desenvolver demência. Cerca de 18,1 mil adultos sem demência, com idades entre 50 e 65 anos, foram acompanhados por pesquisadores da Universidade de Nova York durante um período médio de oito anos.

Eles concluíram que aqueles que faziam uso regular da internet tiveram metade do risco de demência, em comparação com aqueles que nunca faziam uso. A relação foi mantida mesmo com a consideração de outras variáveis, como escolaridade, raça-etnia e geração.

Com isso, os resultados sugerem "que as chances de uso da internet no final da idade adulta podem modular a saúde cognitiva subsequente".

Apesar de positivo, os autores ressaltam que é necessário entender quantas horas por dia podem ser benéficas, já que o excesso de internet pode ter efeito contrário.

"Além disso, descobrimos que as horas diárias de engajamento online têm uma associação em forma de U com o risco de demência. Embora não tenhamos visto significância estatística devido a um pequeno tamanho de amostra, a tendência consistente em forma de U oferece uma sugestão preliminar de que o envolvimento online excessivo pode ter efeitos cognitivos adversos em adultos mais velhos", escrevem.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 55 milhões de pessoas vivem com demência em todo o planeta, das quais entre 60% e 70% têm Alzheimer. Estima-se que a demência poderá atingir 78 milhões de pessoas daqui a oito anos e 139 milhões até 2050.