Varíola dos macacos tem taxa de reprodução baixa e pode ser contida

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, na última terça-feira (24), que havia 131 casos confirmados de varíola dos macacos e 106 outros casos suspeitos, desde que o primeiro foi relatado em 7 de maio fora dos países onde geralmente se espalha. Embora o surto seja incomum, ele pode ser contido e limitado. A OMS e as autoridades de saúde vêm expandindo a vigilância aos casos de varíola dos macacos confirmados em 17 países.

Giliane Trindade, membro do comitê do Ministério da Ciência e Tecnologia que monitora a doença, até agora sem casos no Brasil, afirmou ao g1 que trata-se de um vírus transmitido via secreções respiratórias que causa sintomas como febre, mal-estar, dores no corpo e lesões. Segundo a pesquisadora de microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais, a taxa de reprodução do vírus é insuficiente para fazer uma epidemia decolar.

"Esse vírus não é de transmissão facilitada. Ele não viaja pelos aerossóis como o Sars-Cov-2 viaja", explicou a especialista. Ela pontuou, ainda, semelhanças e diferenças entre a varíola dos macacos e a humana. A última tinha letalidade de até 30% e foi uma das doenças que “mais impactou a humanidade”. O vírus de agora pode provocar a morte de 1% a 10% dos infectados, explicou.