Velejador Aleixo Belov relata sua experiência desafiadora na Passagem Noroeste em novo livro

O velejador Aleixo Belov narra em seu novo livro, intitulado "Passagem Noroeste", a emocionante experiência de realizar uma expedição por uma das vias marítimas mais famosas e desafiadoras do mundo. O livro será lançado no dia 12 de julho, às 18h, em um evento aberto ao público no salão social do Iate Clube de Brasília, com uma palestra do autor.

A Passagem Noroeste, localizada entre os oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico, é uma rota que só pode ser percorrida após o derretimento parcial do gelo que a compõe. O trecho abrange os mares do Ártico, percorrendo todo o norte do Canadá, e representa um verdadeiro desafio para os navegadores. 

Durante a expedição, que ocorreu entre fevereiro e novembro do ano passado, Aleixo Belov contou com uma tripulação de 60 pessoas a bordo do Veleiro Escola Fraternidade, em uma iniciativa liderada por ele. O velejador fez questão de selecionar uma equipe diversa, proveniente de diferentes lugares e realidades, entre mais de 150 candidatos que se candidataram para participar da jornada.

"Priorizei que a minha equipe fosse formada pelas pessoas mais diferentes possíveis. Vindas de lugares e realidades completamente distintas", afirmou Belov.

No livro, o autor compartilha detalhes das dificuldades enfrentadas ao longo da jornada, que se tornou possível devido às mudanças climáticas. Mesmo em locais remotos e praticamente desabitados, onde a presença humana é rara, Belov relata a triste realidade da poluição marinha, com a observação de uma grande quantidade de plástico acumulado no mar.

Aleixo Belov é reconhecido pela Marinha como o primeiro velejador a dar a volta ao mundo sozinho com a bandeira brasileira. Além de "Passagem Noroeste", ele já escreveu outros nove livros, compartilhando suas experiências nas cinco voltas ao mundo realizadas a bordo de seu veleiro.

Com trajetos que levam o nome da Baía de Todos os Santos, conhecida como a Capital da Amazônia Azul, Aleixo Belov iniciou sua trajetória em 1980. Nascido na Ucrânia, ele se mudou para o Brasil em 1949 e estabeleceu residência em Salvador, onde vive até hoje.

Em 2021, o velejador inaugurou o Museu do Mar, em Salvador, que abriga um acervo com todas as memórias e lembranças das expedições realizadas ao longo de sua história. O museu representa um importante espaço para compartilhar suas experiências e inspirar outros a explorarem o mar e a preservá-lo.