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Venezuela realiza referendo sobre anexação da Guiana neste domingo (3)

A região, com 160 mil km², possui depósitos de petróleo e minerais, além de bacias hidrográficas e as famosas cataratas Kaieteur

Por Da Redação
Ás

Venezuela realiza referendo sobre anexação da Guiana neste domingo (3)

Foto: Agência Brasil

Os venezuelanos irão às urnas neste domingo (3) em um referendo crucial para decidir sobre a anexação de uma vasta região, a Guiana Essequibo, ao território venezuelano. O plebiscito, que vai das 7h às 19h (horário de Brasília), foi marcado por intensa mobilização, shows, visitas a comunidades e campanha nas redes sociais, tudo promovido pelo governo.

A área em questão, equivalente a 75% do território da Guiana, é alvo de uma disputa territorial antiga, administrada pela Guiana, mas reivindicada por Caracas. O referendo, convocado após a Guiana abrir um leilão de poços de petróleo na região, despertou a ira de Nicolás Maduro, que acusa a vizinha de agir em conluio com a ExxonMobil.

A região, com 160 mil km², possui depósitos de petróleo e minerais, além de bacias hidrográficas e as famosas cataratas Kaieteur. Descobertas recentes apontam reservas de petróleo na Guiana equivalentes a 10 bilhões de barris, superando as do Kuwait.

O referendo apresenta cinco perguntas, incluindo a possibilidade de incorporação da Guiana Essequibo ao mapa nacional e a concessão de nacionalidade venezuelana aos 125 mil habitantes da região. Embora não tenha consequências legais, as autoridades venezuelanas esperam que a consulta reforce a reivindicação territorial.

"Está surgindo a união de todos os venezuelanos em um grande consenso: defender a Venezuela", afirmou o presidente Nicolás Maduro. A Guiana, por sua vez, considera o referendo uma "violação das leis internacionais".

A disputa territorial remonta a 1899, quando um tribunal de arbitragem definiu a fronteira. Caracas alega que o rio Essequibo é a fronteira natural, enquanto a Guiana busca validar o acordo de 1899 na Corte Internacional de Justiça da ONU.

O Itamaraty expressou preocupação com o conflito entre os países vizinhos, mas não emitiu comentários sobre a votação promovida pela ditadura de Nicolás Maduro.

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