Vereador é preso na Bahia por suspeita de feminicídio após 19 dias foragido
Edivan de Jesus Santos, mais conhecido como Morão, desferiu golpes de faca contra a companheira em fevereiro

Foto: Reprodução
O vereador Edivan de Jesus Santos (União Brasil), mais conhecido como Morão, foi preso na tarde de terça-feira (12) em Boipeba, distrito de Cairu, no extremo sul da Bahia. Ele estava foragido há 19 dias, suspeito de tentativa de feminicídio contra a companheira.
Segundo a Polícia Civil, o parlamentar foi encontrado em uma casa e recebeu voz de prisão no local. Ele foi transferido para Santo Antônio de Jesus, onde passará por audiência de custódia.
A prisão foi decretada pela Justiça no dia 24 de fevereiro. Na mesma data ele foi afastado da Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus, a 192 km de Salvador, por 120 dias, após pedido da assessoria dele.
O crime aconteceu no dia 22. A companheira de Morão, uma mulher de 41 anos que não teve a identidade divulgada, foi agredida no bairro Salgadeira. Ela contou à polícia que as agressões começaram durante uma discussão na residência do casal e seriam motivadas por ciúmes.
Morão agrediu a vítima com golpes de faca e um pedaço de madeira. Ela foi levada para uma unidade de saúde, onde foi atendida e não corre risco de morte.
A vítima solicitou uma medida protetiva contra o homem. O caso é investigado pelo Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (Neam) do município.
Confira a nota da Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus na íntegra:
"A Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus repudia toda e qualquer forma de violência, especialmente contra a mulher, reafirmando seu compromisso com a dignidade, o respeito e os direitos humanos.
Sobre o fato envolvendo um dos vereadores desta Casa, informamos que estamos acompanhando os desdobramentos com atenção e responsabilidade. Embora a situação não esteja diretamente relacionada ao exercício do mandato, a Presidência segue atenta ao andamento do caso.
Confiamos no trabalho das autoridades competentes para que a investigação transcorra com rigor e imparcialidade, garantindo o devido processo legal. Ao mesmo tempo, reiteramos nossa solidariedade a todas as mulheres e reafirmamos nosso compromisso com políticas públicas de proteção e combate à violência."