Verticalização na Bahia: número de pessoas vivendo em apartamento chega a 8,2% em 2022, aponta IBGE
Em 2010, o total era de 5,4%, o que equivale a 1.152.546 pessoas.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A maioria da população baiana continuava a residir em casas, representando 89,7% do total de 14.103.181 moradores de domicílios particulares permanentes, de acordo com os dados do Censo Demográfico de 2022. Houve, no entanto, uma diminuição em relação a 2010, quando essa proporção era de 93,3%. Paralelamente, o número de pessoas vivendo em apartamentos aumentou, chegando a 8,2% do total em 2022, contra 5,4% em 2010, o que equivale a 1.152.546 pessoas. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23).
Essa mudança para a verticalização foi menos acentuada na Bahia em comparação com o resto do país. O estado apresentou o nono menor aumento na proporção de pessoas morando em apartamentos ao longo de 12 anos.
A nível nacional, a verticalização foi mais significativa, com 12,5% da população brasileira (aproximadamente 25,3 milhões de pessoas) residindo em apartamentos em 2022, um aumento de 4,0 pontos percentuais em relação a 2010, quando essa proporção era de 8,5%.
Durante o período entre os Censos, o Distrito Federal, Santa Catarina e Paraíba foram os estados que mais se verticalizaram, enquanto Acre, Rondônia e Tocantins permaneceram com as menores proporções de população em apartamentos.
A Bahia ocupava o 14º lugar em proporção de moradores de apartamentos em 2022, perdendo duas posições em relação a 2010. Distrito Federal, Rio de Janeiro e Santa Catarina lideravam nesse aspecto, enquanto Tocantins, Maranhão e Piauí tinham as menores proporções.
Além disso, houve um aumento no número de pessoas que residiam em casas de vila ou condomínio, passando de 1,0% em 2010 para 2,0% em 2022. Por outro lado, houve uma redução quase unânime na proporção de pessoas vivendo em casas de cômodos ou cortiços, exceto pelo Acre, que teve um discreto aumento.
O Censo de 2022 também investigou as estruturas residenciais permanentes degradadas ou inacabadas, que representam uma precariedade habitacional intensa. Na Bahia, 0,03% da população residia nesse tipo de residência, uma proporção ligeiramente menor do que a média nacional.
Por fim, em relação às habitações indígenas, apenas 46 pessoas na Bahia moravam em habitações sem paredes ou malocas em 2022, enquanto a nível nacional, esse tipo de domicílio estava mais concentrado em Mato Grosso, Amazonas e Roraima, totalizando 52.445 pessoas.