Vídeo: advogada lamenta falta de apoio e deixa OAB-SE após denunciar colega por estupro
Ricardo Almeida foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime cometido contra Bruna Hollanda
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A advogada Bruna Hollanda denunciou ter sido estuprada por um amigo e colega de profissão e apontou que a Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB-SE) foi omissa e não prestou assistência. Isso ocorreu, segundo ela, porque o presidente da seccional sergipana da OAB, Danniel Alves Costa, é amigo íntimo do estuprador Ricardo Almeida.
O relato foi publicado no Instagram na última terça-feira (19), quando a vítima também renunciou ao cargo de conselheira que ocupava desde 2022. Bruna disse ter sido violentada fisicamente pelo advogado em 27 de janeiro deste ano após um bloco de pré-carnaval.
Segundo ela, o amigo ofereceu-lhe uma carona, mas desviou o caminho para a própria casa, sob pretexto de tomar banho. Na residência do advogado, Bruna alega que ele mudou o comportamento, agredindo-a e posteriormente estuprando-a.
“Fui estuprada no dia 27 de janeiro por um colega conselheiro da OAB-SE, sócio e amigo do presidente pessoal do presidente. Pessoa de quem tinha inteira confiança, colega de conselho excepcional e amigo há mais de 8 anos”, disse a advogada.
Ao buscar apoio da OAB-SE, Bruna relata que uma série de acontecimentos a deixou com a "alma dilacerada". Ela descreveu que, ao procurar o presidente com a confiança de que a instituição lhe daria apoio imediato para enfrentar o que ela descreveu como uma "terrível tragédia", não recebeu o suporte adequado. Após a primeira audiência, Bruna protocolou uma representação oficial contra o colega.
Ricardo Almeida foi indiciado pela Polícia Civil por crime de estupro. A Secretaria de Segurança Pública de Sergipe afirmou que o inquérito conduzido pelo Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis corroborou o relato da vítima, resultando no indiciamento de Almeida.
A OAB-SE, por sua vez, afirmou que declarou espontaneamente a suspeita do presidente logo após a apresentação da representação de Bruna. A entidade garantiu que o processo ético-disciplinar foi conduzido de forma imparcial e que o advogado foi afastado das funções assim que a denúncia foi apresentada.
Assista o relato: