Vídeo: ‘Carinha de filha da p..’: desembargador é afastado pelo CNJ após ofender advogada
José Manzi foi punido com afastamento de dois meses pela fala proferida em 2020
Foto: Reprodução
O Conselho Nacional de Justiça determinou o afastamento de José Ernesto Manzi, desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 12° Região de Santa Catarina, por ofender uma advogada durante uma reunião virtual em 2020, dizendo “faz essa carinha de filha da puta que você vai ver”. Ao perceber que o áudio estava ligado, ele levou a mão a boca na tentativa de disfarçar.
O caso ocorreu há quatro anos, onde o desembargador cometeu essa gafe se referindo a advogada Roberta Martins Marino Vianna Neves. Ele afirmou que não se dirigiu “a qualquer dos participantes da sessão” e explicou que estava respondendo algumas mensagens no WhatsApp, mas o argumento não convenceu o CNJ.
Em 2021, o CNJ abriu um processo administrativo disciplinar (PAD) para investigar a conduta de Manzi. O conselheiro-relator, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, recomendou que fosse aplicada apenas uma advertência. No entanto, a conselheira Renata Gil de Alcantara Videira discordou parcialmente, afirmando que o comentário feito pelo desembargador tinha um “caráter intrinsecamente misógino”, algo que não poderia ser ignorado. Ela ainda acrescentou: “no caso em análise, a gravidade da conduta e suas consequências afastam, na minha avaliação, a possibilidade de aplicação das penas mais brandas, ainda que estas fossem legalmente cabíveis ao processado”.
Durante o tempo na presidência do TRT, José Manzi ficou conhecido por encaminhar a construção de stand de tiro, no almoxarifado do tribunal, na Grande Florianópolis, e por tentar comprar carros blindados. As duas propostas não foram levadas adiante.
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