Vídeo: Coordenador da APLB reforça que a greve dos professores continua: "Não vamos recuar"
Greve passa de dois meses na capital

Foto: Ane Catarine Lima/Farol da Bahia
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, reforça a continuidade da greve dos professores da rede municipal de Salvador, que chega a 62 dias nesta terça-feira (8). O dirigente da entidade afirma que não vai recuar com as manifestações e que deseja negociar com o prefeito Bruno Reis (União Brasil) para chegar a um acordo.
"Nós acabamos de aprovar essa Assembleia a continuidade da greve. A greve continua, o prefeito tenta intimidar a categoria e nós não vamos recuar. Nós queremos negociar, sentar com o prefeito para tentar uma saída", afirmou.
O ativista Kleber Rosa (PSOL) também se manifestou sobre o assunto e cobrou mais responsabilidade do prefeito para "achar uma solução" em vez de "fazer briga na Justiça".
"A responsabilidade é inteirinha do prefeito Bruno Reis, que se nega a dialogar com os professores, que se nega a reconhecer a necessidade de aprovar o reajuste dos professores, ou melhor, de aprovar uma lei que adeque ao piso nacional e segue pirração dos professores", apontou.
Greve dos professores
A suspensão dos trabalhos da categoria foi deflagrada no dia 6 de maio, depois de meses de tentativa de negociação com a gestão do prefeito Bruno Reis (UB), sem que houvesse acordo. Desde fevereiro, os docentes reivindicam o pagamento integral do piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77, além de melhores condições de trabalho nas unidades escolares da capital baiana.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), em Salvador o piso está defasado em 58%. A prefeitura, no entanto, afirma que a maioria dos professores já recebe acima desse valor, ao considerar gratificações incorporadas ao vencimento. Em maio, a Câmara Municipal aprovou uma proposta de reajuste enviada pelo Executivo, com percentuais diferenciados entre os cargos, que variam de 4,83% a 9,25%, o que foi considerado insuficiente pela categoria.
Confira o vídeo abaixo: