Vídeo: foragido, Zé Trovão convoca PF a não cumprir ordens de Alexandre de Moraes

Em vídeo publicado nas redes sociais no último domingo (5), o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, incitou os agentes da Polícia Federal (PF) a “cruzarem o braço” e não cumprir o mandado de prisão contra ele determinado pelo ministro do Supremo tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Anteriormente, ele já havia dito que  não cumprirá a ordem de prisão e chamou a decisão do ministro de “ilegal“. 

No vídeo, Zé Trovão afirmou ainda que Alexandre de Moraes “passou de todos os limites”. O caminhoneiro é um dos alvos do inquérito que apura a organização de manifestações marcadas para 7 de Setembro. A prisão foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), e a determinação partiu de Moraes. Na decisão, o ministro derrubou as redes sociais do caminhoneiro e proibiu a participação dele em vídeos e lives.

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Zé Trovão disse, na sexta-feira (3), que só se entregará na próxima semana e que sua prisão será feita “no meio do povo”.  “Senhores policiais, ordens ilegais não devem ser cumpridas. Ordens ilegais não se podem cumprir. Até mesmo porque os senhores podem muito bem cruzar os braços e não cumprir as ações criminosas cometidas pelo senhor Alexandre de Moraes”, disse Zé Trovão no domingo.

Essa não é a primeira vez que o caminhoneiro dá declarações contra o ministro Alexandre de Moraes. No último sábado (4), Zé Trovão desafiou o ministro a prender ele durante os atos previstos para o dia 7 de Setembro. “A Polícia Federal, até o momento, não cumpriu o mandado de prisão expedido pelo Alexandre de Moraes à minha pessoa porque ordens ilegais não se cumprem. Mas eu vou te fazer um convite, Alexandre de Moraes, que tal você mesmo vir à [Avenida] Paulista no dia 7 de setembro e me prender? Eu estarei lá, à sua disposição. E caso queira, poderá fazer o uso da sua palavra”, disse. 

A ordem de prisão contra o caminhoneiro foi expedida na sexta-feira (3) no âmbito de um inquérito aberto para investigar a organização de manifestações no feriado. A mesma investigação resultou na prisão de Wellington Macedo de Souza. Desde o dia 20 de agosto,  o caminhoneiro, que já está foragido, está proibido por ordem judicial de se aproximar de um raio de um quilômetro da Praça dos Três Poderes.