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Vídeo: Lula diz que premiê de Israel quer acabar com a Faixa de Gaza

O presidente reiterou que o Brasil não reconhece o Hamas como organização terrorista

Por Da Redação
Ás

Vídeo: Lula diz que premiê de Israel quer acabar com a Faixa de Gaza

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (27), que é “insanidade” do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, querer acabar com a Faixa de Gaza. 

“O ato do Hamas foi terrorista, que não é possível fazer um ataque, matar inocentes, sequestrar gente da forma que eles fizeram, sem medir as consequências do que acontece depois. Porque, agora, o que nós temos é a insanidade do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas, que lá tem mulheres e crianças, que são as grandes vítimas dessa guerra”, disse Lula no Palácio do Planalto.

O presidente explicou que o Brasil não reconhece o Hamas como organização terrorista, porque o país segue as avaliações do Conselho de Segurança da ONU. “A posição nossa é clara. Toda guerra não tem apenas um culpado, ou um mais culpado. O Brasil fez crítica veemente, como nós condenamos a Rússia de ter invadido o território ucraniano, isso está explícito no comportamento do Brasil. Mas isso não significa que eu sou obrigado a me colocar ao lado da Ucrânia para guerrear. Eu quero me colocar ao lado daqueles que querer pedir paz”, disse Lula comparando com o conflito no leste europeu e reafirmando a posição do Brasil na condenação dos atos do Hamas.

“Antigamente, quando tinha guerra, os soldados iam pro campo de batalha e era soldado matando soldado. Agora não, o cara fica de longe jogando foguete e não sabe na cabeça de quem vai cair, não sabe quem vai morrer”, acrescentou.

No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.

Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. Em Gaza, a autoridade de saúde informou que mais de 7,3 mil palestinos, incluindo 3 mil crianças, foram mortos.

Veja declaração: 

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