Vídeo: Ministro da Defesa diz que interferência ideológica do Governo Federal barra licitação com Israel
José Múcio fez questão de exaltar papel das Forças Armadas em 2023
Foto: José Cruz | Agência Brasil
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou na última terça-feira (8), que a ideologia e as posições diplomáticas do governo Lula (PT) tem atrapalhado o trabalho do ministério. Múcio ainda destacou que a população não sabe o que faz a Defesa e que existem críticas ideológicas contra os militares.
“Qual é o nosso grande desafio? O absoluto desconhecimento do que somos e do que queremos ser. Nos últimos anos nós tivemos um retrocesso nos investimentos de defesa da ordem de 47%. Por quê? Ainda existem muito, por componentes ideológicos, por queixas políticas, por variações programáticas, que acham que a Defesa não funciona”, disse Múcio durante evento com a CNI (Confederação Nacional da Indústria)
O ministro ainda afirmou que as questões diplomáticas travaram uma licitação que foi vencida pelos israelenses.
“A questão diplomática interfere na Defesa. Houve agora uma concorrência, uma licitação. Venceram os judeus, o povo de Israel, mas por questões da guerra, o Hamas, os grupos políticos, nós estamos com essa licitação pronta, mas por questões ideológicas não podemos aprovar. O TCU não permitiu dar ao 2º colocado e nós estamos aguardando que essas questões passem para que a gente possa se defender”, afirmou.
Múcio ainda polemizou ao mencionar que se pode ser debitado às Forças Armadas o golpe militar de 1964, também é necessário que seja creditado às Forças ter impedido o golpe em 2023.
“A esquerda achava que eles [Forças Armadas] haviam projetado aquele golpe e a direita ficou zangada porque não se deu golpe. Então, nós ficamos sem ter com quem conversar, com quem discutir. Por quê? Porque, se muita gente debita às Forças Armadas o golpe de 64, precisava ser creditado às Forças Armadas não ter havido golpe em 2023. Foram as Forças Armadas que preservaram e seguraram a nossa democracia, mas a sociedade sabe disso? Não”, disse.
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