Vídeo: "O Brasil só é possível com a contribuição do preto", reforça Adriano Azevedo no Podomblé
Importância do Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé ressaltada no episódio desta segunda-feira (31) do podcast
Foto: Farol da Bahia
Durante o episódio desta segunda-feira (31) do Podomblé, podcast da FB Comunicação, o apresentador, Adriano Azevedo, e o ogan, professor e membro do Conirb, Elias Conceição, reforçaram a importância do Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, comemorado em 21 de março.
Adriano destacou a contribuição da população negra para a cultura brasileira. "O Brasil só é possível com essa contribuição com a contribuição do preto. Música, gastronomia, dança, vestuário, literatura", declarou.
O apresentador também reforçou a necessidade de separar um espaço para comemorar a data, sancionada no Brasil em 2023. "O 21 de março, esse dia internacional contra a discriminação racial, por conta de uma chacina de forma covarde. A gente só se reúne, a gente precisa de uma data, de fato, para a gente comemorar e não falar do sofrimento", disse.
Elias, por sua vez, pontuou que o objetivo não é esquecer as dores sofridas pela população negra, mas também possibilitar um momento de celebração. "As dores existem, ninguém vai negar. Nós não estamos aqui para dizer na música: 'Não, esquece'. Não é esquecer. É saber que existem momentos em que a gente precisa dar vazão, realmente, à nossa felicidade. Nós somos um povo alegre, um povo festivo, um povo com muita consciência, muita sabedoria e que fazemos tudo com canto. E, se fazemos com canto, fazemos com alegria", afirmou o convidado.
Para ele, o canto do povo negro é uma forma de cura. "Claro que, conhecendo a nossa história, sabemos que alguns cânticos nossos expressam uma certa tristeza pela dinâmica daquele momento de vida, do sofrimento. Mas, por outro lado, esse mesmo cântico que expressa a tristeza está curando a sua dor. Por isso que se canta. Ele cura a sua dor e te dá ânimo para você seguir adiante", afirmou.
"Então, não é só dizer: 'É o canto do lamento'. Sim, é o do lamento, mas, se você observa na sua essência, ali há uma intencionalidade. Estou lamentando, mas estou te dizendo 'vou superar', 'vou sobreviver'. Logo estarei em outro espaço, em outras circunstâncias", refletiu.
Veja trecho:
