Vídeo: Onda de fumaça cobre Manaus após queimadas e seca histórica
Qualidade do ar registrada na capital está péssima devido ao aumento das queimadas
Foto: Reprodução/Internet
A cidade de Manaus enfrenta uma segunda onda de fumaça por conta de novas queimadas que atingem a região. A condição também é agravada por conta do tempo seco, predominante neste período do ano.
Registros mostram vários pontos da cidade encobertos pela densa camada de fumaça e a qualidade do ar foi afetada drasticamente pelo fenômeno. Imagens de enormes rastros de queimadas também foram registradas e compartilhadas nas redes sociais.
Ainda nas redes sociais, usuários criticaram a situação que já se estende há mais de um mês. “São 2 milhões de habitantes da cidade que, no meio da maior floresta tropical do mundo, não têm ar puro para respirar”, desabafou a ecologista Erika Berenguer em sua conta no Twitter.
Situação crítica
Neste final de semana, alguns pontos da capital registraram um índice de Qualidade do Ar (IQAr) superior a 400 ug/m3 (micrograma por metro cúbico), com base em um cálculo que usa como referência uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Acima de 125 ug/m3, o nível de poluição já é considerado péssimo.
A fumaça que afeta a capital vem das queimadas na Amazônia. A situação já dura um mês e não há sinais de melhora. Em outubro, o Amazonas teve o maior número de incêndios desde 1998, quando o Inpe começou a monitorar. No mês passado, foram 3.858 focos de calor, número mais que o dobro do que o registrado em outubro do ano passado.
Cobranças
O governo federal está sendo pressionado para tomar medidas mais firmes para reduzir as queimadas na região. No início de outubro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou o reforço de 149 brigadistas, elevando o total para 289.
A ministra, durante sua visita a Manaus, na última sexta-feira (3), também foi questionada pela imprensa sobre os desafios enfrentados pelo Ibama diante da falta de melhoria do cenário de queimadas no Amazonas, apesar do reforço anunciado pelo governo federal.
A ministra afirmou que o Ibama tem responsabilidade sobre áreas federais, lembrando a competência dos Estados.
“Mesmo assim, quando os Estados não dão conta do recado, nós mobilizamos nossas equipes. Já vieram mais de 300 brigadistas, encaminhamos dois aviões para ajudar no combate ao fogo e quatro técnicos especializados em planejamento de enfrentamento de fogo. Mas essas questões têm que ser trabalhadas estruturalmente”, afirmou.
Veja o vídeo: