Vídeo: professor da UFRJ e psicóloga pedem desculpas à família Justus e alegam que comentários em publicação foram mal interpretados
Comentários repercutiram nas redes sociais na sexta-feira (4) e autores se manifestaram

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O professor aposentado, Marcos Dantas, e a psicóloga, Aline Alves de Lima, se pronunciaram sobre as acusações de terem incitado violência contra a filha do empresário Roberto Justus e da influenciadora Ana Paula Siebert, Vicky, de 7 anos. Ambos alegaram que os comentários foram tirados de contexto e se desculparam com a família da garota.
Marcos, que já foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), divulgou uma carta, na terça-feira (8), onde afirmou que a expressão "só a guilhotina", na foto em que Vicky aparece segurando uma bolsa de grife tratava-se de uma metáfora.
"Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora, aliás volta e meia empregada por alguém no X", escreveu o professor aposentado. Ele relatou que a expressão faz referência simbólica a Revolução Francesa, e que falou da guilhotinha, ferramenta de decapitação utilizada na época, para citar a revolução lançada em um contexto de profunda desigualdade social.
O professor ainda disse que não imaginava a repercussão que o comentário ia gerar nas redes sociais, e reforçou não ter intenção de fazer uma ameaça real à menina ou à família.
Já a psicóloga publicou um vídeo na plataforma Instagram, na terça-feira (8), e alegou que o comentário feito sobre "ter que mtr [sigla utilizada para a palavra 'matar'] mesmo" era um ataque à desigualdade social, e não à menina. Ela conta que fez o comentário em uma postagem de um colega psicólogo, onde aparecia a foto da família Justus em um paralelo ao movimento dos bolcheviques, que lutavam contra a desigualdade social.
"Venho através desse vídeo me pronunciar e esclarecer sobre o comentário que fiz na postagem do colega, também psicólogo, Guilherme, onde ele publicou uma foto da família Justus e trouxe a abordagem dos 'bolcheviques'. Os bolcheviques foram um movimento de classes na Rússia, em 1917 contra a desigualdade social", conta Aline.
A psicóloga relata que a publicação carregava a frase "os bolcheviques estavam certos" e diante da afirmação ela teceu o comentário sobre a diferença de classes, que repercutiu nas redes sociais.
"Reconheço que foi um comentário infeliz, pois não expliquei o contexto ao qual eu me referia, e usei a sigla de uma forma metafórica", contou no vídeo.
A psicóloga diz que trabalha com saúde mental e jamais atacaria outra pessoa, principalmente uma criança, e que o ataque era direcionado a desigualdade social. "Meu erro reside em não ter explicado", disse a psicóloga.
A mulher pede desculpas a família Justus, reforça que não teve intenção de atacar a criança, mas sim de fazer um protesto com o comentário. A psicóloga ainda denuncia que desde o sábado (5) sofre linchamento virtual, devido a fala tirada de contexto.
Confira pronunciamento da psicóloga: