Vídeo: professora da UFBA é acusada de transfobia em Salvador
Alunos pedem afastamento da docente Jan Alyne Barbosa Prado
![Vídeo: professora da UFBA é acusada de transfobia em Salvador](https://api.faroldabahia.com/fotos/farol_noticias/160123/IMAGEM_NOTICIA_0.jpg?v=9cf03383b4b72cea80bbfe3ef9ab368f)
Foto: Reprodução
Alunos da Universidade Federal da Bahia denunciaram, nesta terça-feira (12), um caso de transfobia e racismo ocorrido na Faculdade de Comunicação (Facom). O grupo abriu uma petição pública, que relata o caso, solicitando o afastamento da docente. Até o momento, o documento já tem 293 assinaturas.
Em vídeo que circula na internet é possível ver um grupo discutindo no espaço da faculdade localizada na Ondina.
O texto afirma que a professora e coordenadora do colegiado de Graduação em Comunicação, Jan Alyne Barbosa Prado agiu com transfobia e racismo contra uma aluna chamada Luisa Liz.
Segundo informações do documento, a discente foi tratada com pronomes masculinos após ser refutada pela professora durante a aula, sob a justificativa que os comentários feitos estavam fora do conteúdo proposto.
Ainda de acordo com a petição, a docente saiu da sala de aula alegando que Luisa Liz estaria atrapalhando a aula. E retornou ao local acompanhada por um servidor técnico que também teria agido com “deboche” e transfobia chamando a aluna de “figura” e afirmando que a mesma estaria passando por um “surto psicótico”. Ao procurar o Colegiado da Facom, os servidores teriam trancado as portas, negando o atendimento do caso.
Ao Farol da Bahia, a UFBA informou em nota que a Ouvidoria da UFBA ainda não tem registro dessa denúncia. "Uma vez que seja efetivada, seguindo os procedimentos legalmente estabelecidos para apuração, o caso será encaminhado para processo investigativo". O Farol tentou contato com a professora Jan Alyne Barbosa, mas até a publicação desta matéria não houve resposta.
Leia na íntegra:
A Universidade Federal da Bahia é reconhecidamente inclusiva, diversa e predominantemente negra, jovem e feminina. Este novo perfil de comunidade - em que três a cada quatro estudantes de graduação da UFBA são negros e de baixa renda - é o resultado de uma década e meia de ações afirmativas protagonizadas pela instituição, que a norteiam. A criação de cotas para pessoas trans, em vagas supranumerárias, é uma das ações de inclusão criadas por esta universidade.
Sendo assim, qualquer forma de assédio é considerada não apenas uma agressão aos que foram vitimados, mas ao próprio espírito da universidade, devendo ser rigorosamente apurados e, uma vez devidamente comprovadas as acusações, punidos conforme as leis do país e os regulamentos da Universidade Federal da Bahia.
Quaisquer denúncias devem ser encaminhadas através dos canais institucionais, ou seja, à direção da unidade ou diretamente à ouvidoria da UFBA aos quais cabe dar prosseguimento ao processo investigativo, que será conduzido pela Unidade Seccional de Correição, unidade vinculada à reitoria de UFBA.
A sua missão está intrinsecamente ligada às atividades relacionadas à prevenção e apuração de irregularidades, no âmbito da universidade, através do acompanhamento de procedimentos correcionais. As denúncias são apuradas e os processos transcorrem de modo a assegurar o amplo direito de defesa dos acusados, assim como preservando-se as partes envolvidas, até o final do devido processo legal.
Em relação ao caso levantado pela reportagem, a UFBA informa que a Ouvidoria da UFBA ainda não tem registro dessa denúncia. Uma vez que seja efetivada, seguindo os procedimentos legalmente estabelecidos para apuração, o caso será encaminhado para processo investigativo, transcorrendo conforme descrito no parágrafo anterior.
Veja o vídeo: